Análise "Paixão sem Limite" (1993)
Um suspense psicológico que mistura drama. Dirigido por Alan Shapiro e estrelado por Cary Elwes, Alicia Silverstone, Amber Benson e Jennifer Rubin.
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 13/10/2025 18:51
- Autor: Mirian Mariano - Psicóloga no Cinema

Olá pessoal.
Estou de volta. Como foi o final de semana de vocês? Espero que tudo bem. Hoje
estou trazendo um suspense psicológico com Alícia Silverstone e Cary Elwes.
Alícia Silverstone é muito conhecida por causa do filme As Patricinhas de
Beverly Hills e Cary Elwes por A louca, louca história de Robin Hood. Ambos
estão ótimos nesse suspense. Em muitos momentos você fica assustado da
personagem da Alícia. Ela desempenhou muito bem o papel da jovem adolescente
obcecada por um homem mais velho a ponto de usar feitiços, poções, e até mesmo
cometer atos que acabam prejudicando Nick, e outras pessoas. Seu nível de
obsessão e loucura transborda em todos os níveis.
Na época do
filme, Alícia Silverstone tinha 17 anos e estava no auge da sua beleza e
sensualidade. E nesse filme, ela usa e abusa desse detalhe. Outra pessoa que
está ótima no filme é Amber Benson. Eu a reconheci na hora. Ela fez a bruxinha
do bem, Tara Maclay da série Buffy, a caça-vampiros. Tara nessa série da década
de 90 e início de 2000, era a namorada de Willow (interpretada pela Alyson
Hannigan).
Mas voltando
ao filme Paixão sem Limite, vou fazer um resumo. Nick (Cary Elwes), um jovem
jornalista e talentoso. Ele se muda para uma nova cidade para trabalhar em uma
revista famosa. Ele acaba alugando uma elegante casa de hóspede da família
Forrester que aparentemente parecem ser acolhedores. Eles têm uma filha
adolescente, Adrian (Alícia Silverstone), uma garota de 14 anos. Brilhante,
inteligente, culta, que aparenta ser muito mais madura que as garotas da sua
idade.
Adrian já
nas primeiras cenas demonstra ter muito interesse em Nick. O que começa como
uma simples admiração se transforma rapidamente em uma obsessão intensa e
perigosa. Extremamente perigosa.
Nick tenta
manter a menina distante e explicar que o que ela sente é uma pequena paixão de
adolescente e que ele é velho demais para ela. Mas Adrian não quis aceitar isso
muito bem. Quando ela percebe que Nick está interessado em uma colega de
trabalho, Amy (Jennifer Rubin), Adrian começa a se comportar de forma ainda
mais destrutiva e obsessiva. Ela começa a mentir sobre Nick. Destruir sua vida
profissional, pessoal e até o incrimina por abuso sexual. A adolescente faz de
tudo para que o jovem jornalista sofra por não corresponder suas investidas.
Nick precisa
a todo custo provar sua inocência e se defender dessa jovem totalmente
desequilibrada que usa seu charme e inteligência para manipular todos ao seu
redor.
Curiosidades:
A trama foi inspirada em uma experiência real do diretor Alan Shapiro. Ele
passou por uma situação parecida na vida real. Esse filme é um exemplo de filme
que a linha entre paixão, manipulação e loucura é tênue e tem que ser muito bem
cuidada.
Adrian é uma
adolescente que possui um profundo desequilíbrio emocional e uma necessidade
extrema de ser amada e admirada. Primeiro ela o idealiza como o homem ideal e
quando ele não corresponde o amor dela, essa idealização se transforma em raiva
e desejo de destruição. Ela tem uma dependência emocional simbiótica. Ela
precisa que o outro a deseje para que possa se sentir viva e importante. E
quando é rejeitada, sente como tivesse perdido seu próprio valor e sua forma de
reagir é com violência.
Bem, é um
ótimo filme e recomendo a todos a assistirem. Eu vou ficando por aqui. Se
quiserem comentar abaixo o que acharam, fique a vontade. Um beijo a todos. Até
a próxima matéria.
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