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Cessar-fogo entre Israel e Hamas é firmado após dois anos de conflito

  • Categoria: Geral
  • Publicação: 13/10/2025 10:04
  • Autor: matêus reis
No último dia 10 de outubro, Israel e Hamas anunciaram um cessar-fogo que interrompeu, ao menos temporariamente, dois anos de combates intensos. A trégua, encabeçada pelos Estados Unidos e mediada pela ONU, busca aliviar a crise humanitária em Gaza, sem encerrar o conflito de forma definitiva.

Pelo pacto, o Hamas libertou 20 reféns israelenses e devolveu os corpos de outros 28. Em contrapartida, Israel libertou cerca de 1.900 prisioneiros palestinos. O acordo inclui o aumento da ajuda humanitária, a retirada gradual das tropas israelenses de áreas densamente povoadas e o retorno de famílias ao norte de Gaza.

Apesar da trégua, a Faixa de Gaza segue devastada. Mais de 67 mil palestinos morreram desde o início da ofensiva. Hospitais, escolas e serviços básicos permanecem destruídos. A ONU e organizações humanitárias intensificaram o envio de suprimentos, mas a insegurança nas fronteiras e o bloqueio parcial de acesso continuam dificultando a chegada de ajuda.

Para a população, o cessar-fogo representa um alívio momentâneo, mas longe da normalidade. Famílias retornam a escombros, enfrentam a falta de água potável e convivem com o risco de explosivos não detonados. Crianças traumatizadas, mulheres exaustas e idosos sem abrigo expõem a dimensão humana da tragédia.

A estrutura hospitalar continua colapsada, faltam medicamentos e combustível, e milhares de pessoas vivem em abrigos improvisados. O impacto psicológico é profundo: cresce o número de casos de depressão e estresse pós-traumático, sobretudo entre jovens que cresceram sob bombardeios.

No campo político, o cessar-fogo abre uma janela de negociação, mas cercada de incertezas. A administração de Gaza, o controle das fronteiras e os planos de reconstrução permanecem em disputa entre Israel, autoridades palestinas e mediadores internacionais. Sem um acordo estrutural e duradouro, o risco de retomada dos combates continua elevado — e a paz segue sendo apenas uma promessa adiada.