Análise do filme O Império dos Sentidos (1976)
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 18/10/2025 14:18
- Autor: Givaldo Dias

O Império dos Sentidos (1976)
Diretor: Nagisa Ōshima
Elenco Principal: Eiko Matsuda, Tatsuya Fuji, Aoi Nakajima
Japão, 1936. Sada (Eiko Matsuda), uma ex-prostituta, inicia um tórrido caso com Kichizo (Tatsuya Fuji), seu atual patrão. O que parecia uma diversão inconsequente logo transforma-se em uma intensa relação regida pela obsessão do prazer. Para os amantes não existem fronteiras na busca do mais completo êxtase. É o amor louco.
Muito antes de "Shame"
e "Ninfomaníaca" vários outros filmes exploraram o lado obsessivo e
doentio do sexo. Um dos mais famosos e polêmicos de todos os tempos é essa obra
de Nagisa Oshima que foi inspirada numa história real. A relação entre Sada e
Kichizo chega a níveis tão extremos que a certa altura nem querem mais sair da
cama, o mundo deles se resume a sexo e sono. Essa rotina começa a se tornar bem
cansativa, tanto para o casal quanto para quem está assistindo o filme, o
espectador pode se colocar no lugar dos empregados da casa onde a história se
passa na maior parte do tempo. Seus patrões pouco se importam com a presença
deles enquanto fazem sexo na frente de quem estiver no quarto.
Ao contrário do que se alardeou
na época do lançamento, o filme está muito longe de ser um filme pornô. É um
filme belo, triste e com uma fotografia primorosa em tons bem frios e
melancólicos. Não é meu favorito do Oshima, mas é um de seus melhores trabalhos
sem dúvidas. A cena final ainda impressiona até hoje.
P.S. Nada a ver com o filme em si, mas a primeira vez em que
tive curiosidade de assistir esse filme foi na novela "O Mapa da
Mina". Não sei se irão lembrar, mas na novela existia a personagem de uma
menininha que vivia assistindo filmes proibidos do pai que era interpretado
pelo Mauro Mendonça se não estou enganado. Num dos capítulos ela fala de
"Império dos Sentidos" e que seria o filme que ela iria assistir à
noite naquele dia. Provavelmente ninguém mais lembra disso que foi ao ar em
1993. Enfim, era só uma lembrança mesmo que quis compartilhar.
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