Análise o Dono da Noite (1992)
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 16/01/2025 00:44
- Autor: Ítalo Morelli Junior

Paul Schrader, o roteirista do estarrecedor Taxi Driver, tentou aqui fazer o seu próprio Taxi Driver, mas...Scorsese é Scorsese e este O Dono da Noite ficou com cara de primo pobre. Paupérrimo.
Tem Nova York com muito lixo devido a uma greve dos coletores, viagens de táxi, takes noturnos/soturnos e outros diurnos bem ensolarados, a narração em off, trilha sonora jazz e vários enquadramentos que dá até pra fazer um Jogo dos 7 Erros. Tem um personagem central perdido tentando achar um propósito, pessoas perigosas, um tiquinho de romance, drogas e mortes. Paul bem que tentou repetir a "fórmula" que deu muito certo, porém faltou liga e um pulso mais firme na direção.
John LeTour (Willem Dafoe, com sua habitual competência) é um ex-viciado e vendedor de drogas que começa a ter crises morais a respeito de suas vendas diárias. Ele trabalha para Ann (Susan Sarandon, maravilhosa sempre) a charmosa chefona do tráfico que pensa em abandonar o ramo. Preocupado com seu "futuro profissional", o que lhe causa seguidas noites de insônia, John reencontra sua ex-mulher Marianne (Dana Delany, excelente) com a qual viveu um casamento na base da loucura. Não por acaso, Marianne é visivelmente perturbadíssima, sempre amparada pela irmã mais ajuizada, interpretada pela ótima Jane Adams.
Depois de um plot twist bem pititico, John resolve taxidrivear as coisas. O trailer nos vende um filme mais movimentado, pesado e misterioso. Não é nem de longe o que O Dono da Noite nos serve.
Quando parece que vai enveredar pelas bocadas do submundo do crime nova-iorquino, a trama muda de rota e engata um romance que fica quase que perdido na história. A química entre Dafoe e Susan que é muito boa, não acontece. A direção mostra sua frouxidão ao não equilibrar as atuações do elenco: enquanto os atores centrais estão bem, o elenco de apoio passa vergonha e não disfarça o amadorismo.
O Dono da Noite prometeu muito e não cumpriu nada - é só um passatempo que não pára de mostrar o tempo todo que poderia ter ido bem mais longe.
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