Setembro já se encaminha para o final, assim como grandes eventos cinematográficos que sempre foram reconhecidos como “termômetros” da temporada de premiações. Restando menos de 6 meses para a abertura dos envelopes da 97ª edição do maior prêmio cinematográfico do mundo, quais são as maiores promessas da disputa?

O Festival de Veneza consagrou Pedro Almodóvar e seu “O Quarto Ao Lado” com o Leão de Ouro, o que certamente já o credencia também para uma vaga entre os 10 indicados a melhor filme pela Academia. Além disso, Tilda Swinton e Juliane Moore vem forte na categoria de melhor atriz, e a definição de quem abocanha a vaga vai depender mais da campanha do estúdio do que de qualquer outra coisa. Na categoria de direção, o premiado foi Brady Corbet por “The Brutalist”, um filme de mais de 3 horas e meia de duração que foi adquirido pela A24 durante o evento. Sabemos o quanto o selo vem sendo vencedor nos últimos anos, mas ainda paira a incógnita de saber quais de seus títulos vão ganhar mais atenção da distribuidora. “Queer”, de Luca Guadagnino, e “Sing Sing”, de Greg Kwedar, correm por fora.

Toronto (TIFF) não possui um júri para escolher seus vencedores, mas os agraciados pelo público quase sempre arrebanham porções generosas das indicações ao Oscar no ano seguinte (lembram de “Os Fabelmans”)? Por isso, conte como altas as chances de indicação de “A Vida De Chuck”, de Mike Flanagan; que ainda por cima traz uma temática em evidência na sociedade atual: a transição de gênero. Telluride deu ainda mais força ao vencedor da Palma de Ouro em Cannes, “Anora”, que hoje pode ser considerado uma aposta segura como concorrente do Oscar 2025.

A produção do ano para a Netflix será “Emilia Pérez”, que conta com Zoe Saldana e Selena Gomez no elenco. E aqui, mais uma vez, a temática da transição de gênero: a história gira em torno de um chefão do cartel de drogas que, para escapar da prisão, toma a decisão de passar por uma cirurgia de mudança de sexo e adotar uma nova identidade como a personagem-título da obra. Já a Apple+ apostará as fichas em “Blitz”, de Steve McQueen, sobre personagens londrinos lidando com os bombardeios à cidade durante a Segunda Guerra Mundial.

Do que já foi visto nos cinemas a aposta mais certeira é em “Duna: Parte 2”, que deve fazer bonito também nas categorias técnicas. Entre os filmes “que ninguém viu ainda”, mais continuações no radar: “Gladiador II”, de Ridley Scott, mas sem Russell Crowe; e o esperadíssimo “Coringa: Delírio A Dois”, de Todd Phillips, com Joaquin Phoenix e Lady Gaga.

Mas o filme que parece mais forte no momento é “Conclave”. Thriller baseado no best-seller de Robert Harris, a trama transcorre após a morte de um Papa, quando o colégio de cardeais se reúne em segredo para eleger o novo pontífice. Ambientado no Vaticano, o filme explora os bastidores dessa eleição, com intrigas políticas e disputas pelo poder entre os cardeais. Dirigido por Edward Berger com atuações de Ralph Fiennes, Stabley Fiennes e John Lithgow, a produção deve ser uma das mais celebradas do próximo Oscar.