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Além da Visibilidade: Por Que a Mídia Precisa de Mais Profissionais PCDs

  • Categoria: PCDs
  • Publicação: 22/08/2025 11:12
  • Autor: Matêus reis
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência nos convida a refletir sobre inclusão de verdade na mídia. Ainda são poucos os rostos com deficiência na imprensa e na televisão, mas cada conquista reforça que limitações não definem talento.

No jornalismo e na TV, histórias reais quebram estigmas. Fernando Fernandes, por exemplo, superou um acidente que o deixou paraplégico e se tornou tetracampeão mundial de paracanoagem. Sua trajetória o levou a apresentar o quadro Desafio sem Limites no Esporte Espetacular, além de comandar o reality No Limite. Hoje, Fernando Fernandes e Karine Alves fazem parte do Esporte Espetacular.

Na novela Dona de Mim, Pedro Fernandes dá vida a Peter, um jovem com paralisia cerebral que trabalha na padaria do pai e encara a vida com bom humor e leveza. Haonê Thinar interpreta Pam, uma mulher amputada que trabalha na fábrica de lingerie Boaz, namora e vive sua vida de forma plena e independente.

Mas nem sempre a inclusão é uma realidade. Em Vale Tudo, Leonardo, um cadeirante, é interpretado por Guilherme Magon, ator sem deficiência. Essa escolha é um exemplo do chamado “clipface”: atores sem vivência real assumem papéis que deveriam ser de profissionais PCDs, tirando oportunidades de quem batalha há anos por espaço.

Ainda faltam profissionais PCDs ocupando oportunidades de destaque em grandes redações e emissoras. Essa realidade no jornalismo mostra que ainda precisamos de mais representação. Muitas vezes, essas chances continuam sendo negadas, evidenciando barreiras reais à inclusão na comunicação.

O lugar da pessoa com deficiência é onde ela quiser: na TV, nos jornais, na internet. Para que isso aconteça, a mídia precisa ir além da visibilidade e abrir oportunidades reais, permitindo que a inclusão deixe de ser apenas palavra e se torne prática concreta.