O Japão tem por boa parte das pessoas uma imagem que transparece ser quase que perfeita. É vista como por muitos discreta, moderna, eficiente e educada mas há mazelas que nem sempre vêm a tona pela maioria, mesmo com uma boa qualidade de vida a primeira vista, emergindo nas ruas da capital Tóquio.

Na região de Kabukicho / Shinjuku, local com muitos bares, restaurantes e baladas, há um espaço chamado de Toyoko, e é ali que se concentra um grave problema: a aglomeração de menores. Fazendo uso de álcool e até mesmo de algumas drogas, são conhecidos pelo nome de “Toyoko Kids” (as crianças de Toyoko).

Geralmente por conta da pressão familiar que exigem a qualquer custo o sucesso profissional devido a imagem e nome, passando até mesmo por abusos e maus-tratos, as vítimas vêm na fuga para a rua um lugar de proteção junto aos outros, já que também seus pares compartilham de outros problemas como a depressão.

Pescados pela máfia

Desorientados pela vulnerabilidade social, os jovens se reúnem e são facilmente cooptados devido à necessidade financeira de sobrevivência por membros da Yakuza, a máfia japonesa, para trabalhar na divulgação de estabelecimentos controlados pelo grupo criminoso, ficando expostos nas calçadas com placas chamando os transeuntes para acessar os locais que estão representando naquele momento.

O ambiente “hostil” favorece não só os infratores locais mas também, turistas com o mesmo perfil de diferentes locais.

Tentativas de auxílio

Existem ações por parte do governo para minimizar o problema, além de ajuda de ONG’s que oferecem acolhimento, abrigo, recursos educacionais com práticas profissionais além de apoio emocional que tanto necessitam, sendo um sopro de esperança para mudança de vida.

Porém, o desafio é enorme e ainda insuficiente em um país em que a saúde mental é pouco comentada.