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Comparativo entre Nosferatu (1979) e Drácula de Bram Stoker (1992)

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  • Categoria: Cinema
  • Publicação: 05/01/2025 00:36
  • Autor: Ítalo Morelli Junior
Nosferatu do alemão Werner Herzog é um remake de Nosferatu (1922) do também alemão F.W. Murnau e ponto. Herzog fez o que pode para realizar um filme falado baseado no insuperável filme mudo e o resultado divide opiniões até hoje.
Serei suscinto: Nosferatu é dinâmico, suas quase duas horas passam rápido, é econômico, visualmente caprichado e serviu de base para o recente Nosferatu (2024) do diretor Robert Eggs.
A maquiagem é muito boa (para a época), Klaus Kinski foi um acerto para ser o conde Drácula e Isabelle Adjani é uma Lucy destemida e empoderada. A decoração de interiores lembras as casas das irmãs da minha avó, inclusive a do próprio Drácula. Herzog faz uso inteligente do clima, da iluminação natural das manhãs, do cair da tarde e do breu da noite. Recomendo, mas Nosferatu se tornou um patinho feio quando o cisne esplendoroso Drácula de Bram Stoker foi lançado. 
Não satisfeito com sua trilogia O Poderoso Chefão, Francis Ford Coppola queria fazer o filme definitivo sobre vampiros e o fez. Não se trata de outro remake de Nosferatu e sim de uma adaptação do livro. Coppola não economizou em nada, tudo é grandioso e belo: os cenários de cair o queixo todos recriados em estúdio, a fotografia linda de doer, os figurinos que viraram até exposição e a maquiagem absurda de boa. No papel principal, Gary Oldman em estado de graça sendo até o presente momento o melhor Drácula da história. O restante do elenco também brilha muito, em especial Anthony Hopkins vivendo Van Helsing e Winona Ryder derramando charme como o interesse amoroso do maligno. Tem até Tom Waits muito bem no papel do devoto enlouquecido. Keanu Reeves não passa vergonha e Sadie Frost está ótima como Lucy.
Veredito final: buscar o material de origem, no caso o livro, contar com um bom orçamento e ter bom gosto na hora de gastar é a receita para o sucesso.
Nosferatu (1979) - nota 7
Drácula de Bram Stoker (1992) - nota 10