"Drácula" (1992), talvez o último grande filme de Coppola e com um detalhe importante: o diretor ítalo-americano, embora não muito familiarizado com o gênero, acerta bastante em sua primeira investida no horror. Obs: salvo, é claro, alguns momentos em que carrega na melodramaticidade (afinal, estamos falando de uma megaprodução que precisava dar retorno e "dialogar" com todo tipo de público), mas que não chegam a comprometer o bom resultado. O "Drácula" de Copolla é um autêntico deslumbre em termos de direção de arte e fotografia. Também merece destaque o trabalho de montagem que opta por soluções de fusão espaço/tempo geniais. Gary Oldman, em termos gerais, acerta no tom e composição do personagem que, nas mãos de um ator menos experiente, poderia resultar em algo caricato. Winona Ryder está excelente no papel da mocinha que, no fundo, no fundo, esconde uma face sombria. E o "mocinho" Keanu Reeves, pra variar, apresenta mais uma atuação genérica, rs. Obs: saudade de quando tu ainda eras grande, signore Coppola.