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Análise Faster Pussycat, Kill! Kill! (1965), Dir. Russ Meyer

Obra-prima dos Anos 60
  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 25/12/2024 18:34
  • Autor: Ricardo Corsetti
Continuando minha lista a respeito dos Filmes que irão te Corromper (no melhor sentido do termo, é claro), selecionei hoje, aquele que, segundo nosso patrono inspirador (John Waters), é simplesmente "o melhor filme de todos os tempos": Faster Pussycat, Kill! Kill! (1965), Dir. Russ Meyer. Obs: sem a menor, "Faster Pussycat" figura, no mínimo, no meu Top 10. Eis a obra-prima indiscutível do diretor norte-americano Russ Meyer (1922-2004), uma autêntica jóia fundamental do subgênero "Exploitation", dirigida com muita personalidade por Meyer, que utilizou ângulos e planos absolutamente não-usuais em sua decupagem, além de um estilo de montagem (a cargo do próprio diretor) bastante inovador e que faria escola, sendo referência pra muita coisa posterior, até mesmo no universo televisivo. Obs 2: um olhar apressado e incapaz de contextualizar o período de produção do filme em questão, facilmente o rotularia como "machista" e "sexista", por conta da "objetificação" dos belos corpos das atrizes escaladas. Porém, basta observar o fato de que "Faster Pussycat" é protagonizado por "Vixens" (mulheres fortes e dominadoras) que simplesmente botam pra correr um bando de "machos" frouxos e burros, pra sacar que, no fundo, o que temos aqui, na verdade, é praticamente um filme proto-feminista. Destaque para a impagável Tura Satana como líder dessa gangue de mulheres super poderosas e também para a antológica cena de abertura, com aquela narração sobreposta a uma cartela que simula ondas sonoras, enquanto o narrador em off, diz: "Ladies and gentlemen, welcome to violence". Obra-prima atemporal!