Análise "O Clube das Desquitadas" (1996)
Comédia dramática estrelada por Diane Keaton, Bete Midler, Goldie Hawn e Sarah Jéssica Parker.
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 12/10/2025 06:00
- Autor: Mirian Mariano - Psicóloga do Cinema

Olá a todos. Hoje, infelizmente, nós perdemos a grande atriz Diane Keaton e eu não pude deixar de prestar essa homenagem. Esse filme de 1996 é um dos meus prediletos dela. É dirigido por Hugh Wilson. Além desse elenco de veteranas há também no elenco Maggie Smith, Stockard Channing, Rob Reiner e Elizabeth Berkley.
Mas vamos ao filme. O filme começa com quatro amigas inseparáveis desde a adolescência: Elise Elliot (Goldie Hawn), Brenda Morelli (Bette Midler), Annie (Diane Keaton) e Cynthia (Stockard Channing). As cenas iniciais mostra as quatro amigas comemorando juntas a formatura na década de 1960 e dizendo que nada iria separá-las.
Anos depois, Cynthia, uma mulher rica e inteligente, descobre que seu marido a abandonou por uma mulher mais jovem. Totalmente desolada, ela acaba tirando a sua própria vida. No funeral, as amigas Elise (Goldie Hawn), uma atriz famosa e obcecada pela juventude e pelas plásticas; Brenda (Bette Midler), uma dona de casa com temperamento forte que foi trocada por uma mulher fútil (a única personagem da Sarah Jéssica Parker que eu não gosto); e Annie (Diane Keaton) uma mulher doce e insegura que tenta manter a fachada de um casamento perfeito se reencontram. A dor da perda e a raiva de suas vidas pessoais foram destruídas acendem com mais força a amizade que elas tinham.
Conversando sobre a vida pessoal da amiga recém-falecida, as três amigas perceberam que todas elas tinham algo em comum. Já que todas foram trocadas por mulheres mais jovens pelos seus maridos. E depois de anos se dedicando aos maridos. Indignadas, elas decidem unir forças e se vingar deles. E assim recuperarem o poder que elas perderam. Não somente financeiramente, mas emocional e pessoal.
Elas formam o Clube das Desquitadas, uma espécie de irmandade de vingança e empoderamento feminino. O plano não era só se vingar, mas dar a volta por cima deles, e fazer com que seus ex-maridos pagassem pelo que fizeram de todas as formas possíveis e percebessem a grande burrada que eles cometeram ao traí-las. E aos poucos, cada uma usa as fraquezas dos seus ex para força-los a financiarem projetos beneficentes em nome das mulheres abandonadas e marginalizadas. E que de certa forma são invisíveis na sociedade.
E nesse processo, as três aprenderam muito a se autoconhecerem e se empoderarem. E essa jornada de autoconhecimento é algo muito bonito de se ver. E deu risada vários momentos no filme. Também com ele elenco não tem como. Confesso que não gostei do personagem da Sarah Jéssica Parker. Algo que de certa forma me impressionou. Se bem que não gosto de personagens fúteis e aqui ela é. E muito. Pessoas vazias não são algo que gosto de ver.
Enfim, Elise aprende a valorizar a sua idade e talento, mais do que sua aparência. Brenda recupera sua confiança e senso de humor e assim tornando mais independente. E a Annie se liberta do controle emocional do marido e começa a ter voz própria.
Por fim, temos uma das cenas mais icônicas. É uma das minhas cenas favoritas de filme. As três dançando e cantando “You Don’t Own Me” (Você não manda em mim). Essa música deveria ser um hino e símbolo de amizade e liberdade feminina. Sinceramente já vi essa cena mais de 100 vezes. Adoro ver as 3 cantando essa música e mostrando o quanto aprenderam a se amar, respeitar acima de tudo.
Bem, eu vou ficando por aqui. Eu espero que vocês tenham gostado da minha singela homenagem a Diane Keaton. Ela sempre foi e sempre será essa atriz fantástica e extremamente talentosa. Um ótimo final de semana, até a próxima matéria.
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