Roxy Fernandez integra nova geração de diretoras e fala sobre desafios de mulheres no* *cinema internacional*
Atriz e cineasta brasileira inicia carreira internacional como diretora e reflete sobre a presença feminina em um setor ainda desigual
- Categoria: Cinema
- Publicação: 07/08/2025 09:39
- Autor: Caroline Vilas Boas

A atriz e diretora Roxy Fernandez dá início a sua trajetória como cineasta no cenário internacional ao desenvolver o curta-metragem Hurt, sendo produzido nos Estados Unidos, com estética autoral e influência do surrealismo, o projeto marca não apenas uma virada de linguagem em sua carreira, mas também uma tomada de posição: fazer cinema sendo mulher, diretora e latino-americana. “Me sinto profundamente privilegiada por viver da arte e fazer cinema, mesmo num espaço que ainda é majoritariamente masculino. Até poucos anos atrás, era extremamente raro ver mulheres dirigindo ou comandando uma produção. Hoje, esse cenário começa a mudar, e é uma honra fazer parte dessa transformação”, afirma.
A fala de Roxy ecoa uma realidade ainda desigual. Segundo o estudo “Onde Estão as Diretoras?”, publicado pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE), apenas 17% das direções de longas-metragens brasileiros lançados entre 2016 e 2022 foram assinadas por mulheres. Em escala global, o relatório Celluloid Ceiling, divulgado pela San Diego State University, mostrou que em 2023 apenas 16% dos 250 maiores filmes de bilheteria dos EUA foram dirigidos por mulheres, uma queda em relação a 2022, quando o número chegou a 18%.
Com formação em Teatro, Televisão e Cinema pela Escola de Atores Wolf Maya, Roxy também estudou cinema em países como Argentina, Chile e Estados Unidos, o que ampliou seu olhar sobre narrativas não hegemônicas e contribuiu para sua estética própria, marcada pelo preto e branco, referências surrealistas e silêncios que falam mais que as palavras.
Roxy Fernandez também é membra votante da Academia Brasileira de Cinema, participa da comissão responsável pela escolha do filme brasileiro que concorre ao Oscar e se destaca como uma voz emergente entre as cineastas autorais da nova geração. Em paralelo, a diretora desenvolve sua atuação em coletivos e editais voltados para artistas latino-americanas e mulheres no audiovisual.
“A câmera é minha extensão emocional. É com ela que eu denuncio, que eu silencio, que eu grito. E é por meio dela que eu existo artisticamente, com tudo o que isso carrega de mulher, de exílio, de origem”, diz.
Com trajetória marcada pela sensibilidade e pela força simbólica das imagens, Roxy representa uma geração que não apenas ocupa o espaço da direção, mas transforma o próprio cinema em território de questionamento, cura e ruptura.
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