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Maria Clara Augusto conquista primeiro ouro mundial; Bartolomeu Chaves é bicampeão nos 400m

O Brasil brilhou mais uma vez no Mundial de Atletismo Paralímpico,
  • Categoria: Esportes Gerais
  • Publicação: 02/10/2025 16:10
  • Autor: Crystian Felipe Godoy
O Brasil brilhou mais uma vez no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Nova Déli, na Índia. Na madrugada desta quinta-feira (2), a potiguar Maria Clara Augusto conquistou o título mundial pela primeira vez, ao vencer a prova dos 400m T47 (deficiência nos membros superiores). Pouco depois, foi a vez do maranhense Bartolomeu Chaves, o “Passarinho”, garantir o bicampeonato nos 400m T37 (paralisados cerebrais).

Com os resultados, o Brasil se manteve na liderança do quadro geral de medalhas, somando agora 10 ouros, 15 pratas e sete bronzes – 32 pódios no total. A China aparece em segundo lugar, com 25 medalhas, e a Polônia em terceiro, com 13.

Maria Clara cruzou a linha de chegada em 56s17, seu melhor tempo na prova, à frente da neutra Anastasiia Soloveva (57s63) e da alemã Jule Ross (57s78). Esta foi sua segunda medalha em Nova Déli – ela já havia conquistado a prata nos 100m – além do bronze nos 400m em Paris 2023.

“Já esperava correr melhor que o tempo de São Paulo. O tempo todo eu vinha com o trabalho mental de: ‘você consegue, você treinou’. E consegui fazer isso na pista. Vou colocar o desafio para o meu treinador: bater o recorde mundial da prova [55s60]”, afirmou a atleta de 21 anos.

A prova também contou com a participação da paraense Fernanda Yara, em busca do tricampeonato, que terminou em 5º lugar, com 58s32.

Na sequência, Bartolomeu Chaves mostrou autoridade ao vencer com o tempo de 50s13, repetindo o feito de Kobe 2024 e conquistando sua terceira medalha em Mundiais. Ele superou o neutro Anton Feoktistov (50s64) e o colombiano Yeferson Suarez (51s19).

“Entrei na pista sabendo que ia brigar pelo ouro. Dei a largada e, depois que passei dos 200 metros e vi que estava na frente, pensei ‘agora não vou deixar ninguém passar’. Estou muito feliz e não vejo a hora de voltar ao Brasil para abraçar minha mãe”, disse emocionado.

Já a catarinense Suzana Nahirnei foi destaque em outra final do dia, terminando em 5º lugar no arremesso de peso F46, com 12,15m. A campeã foi a uzbeque Karomat Omonova, com 13,07m.