Análise do filme: O Diabo disse Não (1943)
Dirigido por Ernst Lubitsch e estrelado por Gene Tierney e Don Ameche.
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 29/09/2025 23:21
- Autor: Mirian Mariano - Psicóloga no Cinema

Olá a todos.
Estou de volta. E hoje volto com um dos meus diretores favoritos da era de ouro
do cinema. Ernst Lubitsch. Não consigo falar o seu sobrenome, porém adoro a sua
obra e vi muita coisa. Esse é também dos meus filmes prediletos e vou contar o
por que estar na minha lista. Mesmo tratando de um tema sério, que é a morte de
alguém e onde essa pessoa irá ficar após a morte, a trama tem uma pitada de
humor que me encanta. Os efeitos especiais nem se compara dos dias atuais, só
que a história me prendeu do começo ao fim. O ator que interpreta o Diabo
(Laird Cregar) tem um charme, um carisma que me deixou envolvida.
O começo
desse filme é bem inusitado. O playboy Henry Van Cleve (Don Ameche) morre e se
encontra na porta do Inferno. Ele é recebido pela “Sua Excelência”. Henry acha
que está condenado a viver por lá. Henry pede para ser aceito por lá. E a sua
excelência pede para que Henry conte a sua vida inteira a ele. Para ver se
Henry, de fato, merece estar por lá.
Henry começa
a contar desde o começo, ainda na infância. A narrativa se desenvolve em
flashbacks. Filho de uma família rica e conservadora de Nova York, ele sempre
foi encantado pela beleza, pelo prazer, conquistas amorosas, e por jogos de
sedução. Ele é mostrado como alguém que gostava de quebrar regras sociais. Era
sempre um rapaz irresponsável e sem pensar nas consequências.
E a
narrativa continua. Mostra-o crescendo e se apaixonando por Martha Strabel
(Gene Tierney). A atriz além de ser uma ótima atriz, estava no auge da sua
beleza. Martha estava noiva de outro homem. Com seu charme e ousadia, ele a
convence se fugir com ele. Eles se casam e começam a sua nova jornada de vida.
Sua vida a dois é cheia de amor e cumplicidade, mas também de pequenos flertes
e traições. Henry sempre foi um homem cheio de charme.
Mesmo assim,
Martha continuava com ele, por amá-lo demais e sabendo que seu marido era um
conquistador nato. Mesmo se tornando pai, sua veia conquistador não termina.
Porém, ao entrar na terceira idade, começa a refletir sobre o sentido da vida,
sobre o amor verdadeiro que sua esposa, Martha sempre teve por ele. E as
escolhas que ele sempre fez. É essa reflexão que ele começa a fazer é que me
encanta. Henry caindo em si de tudo o que ele fez e aprontou. Mas apesar de
tudo, ele não é um homem maldoso ou ruim. Apenas ama viver a vida intensamente,
ainda que egoísta ou leviana em alguns momentos.
E o que
vocês acham que vai acontecer? A sua Excelência vai dizer não e por quê? Porque
apesar de todos os seus erros e falhas, Henry não é um homem perverso. Ele
sentia prazer, e amava a vida incondicionalmente, porém tinha um amor genuíno
por Martha.
O filme tem
um toque de elegância, ironia, e humor sutil. E faz uma reflexão leve e bem
humorada sobre amor, moralidade, prazer e redenção. Apesar de tudo, Martha era
seu porto seguro. Então de certa forma há uma dualidade aqui. Ele sempre queria
ser desejado, amado pelas mulheres. E também ter o amor incondicional de sua
esposa.
Bem, eu vou
ficando por aqui. O que vocês acharam do filme? Vocês concordam com tudo o que
aconteceu? Ou com o veredito da grande excelência. Deixam aí nos comentários.
Quem quiser ver ou rever, tem no Youtube completo. Um abraço, até a próxima.
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