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Análise de Psicose (1998) de Gus Van Sant

Resenha do remake do clássico de Alfred Hitchcock
  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 28/09/2025 10:58
  • Autor: Alexandre Barros

Análise de Psicose (1998)

Direção: Gus Van Sant
Elenco Principal: Vince Vaughn, Anne Heche, Julianne Moore, William H. Macy, Viggo Mortensen, Rita Wilson, Robert Foster, Philip Baker Hall

    Marion recebe de seu chefe, uma grande importância em dinheiro, para depositar na conta bancária dele, porém, decide fugir com o dinheiro sem dar satisfação a ninguém. Durante sua fuga acaba parando em um remoto e afastado motel para pernoitar. Lá conhece Norman, um jovem tímido e doce, mas que tem uma relação muito intensa com sua mãe, que provoca estranhas reações no rapaz. Os planos de Marion seriam completamente destruídos nesta noite, de uma forma muito sinistra.

    Remake do clássico de Alfred Hitchcock de 1960, mas diferente de todos os outros remakes já feitos. Na verdade, este projeto idealizado e dirigido por Gus Van Sant, fã confesso de Hitchcock e desse filme em especial, refaz o longa plano a plano, praticamente como o original foi concebido, mesmos enquadramentos, mesmos ângulos e movimentos de câmera, mesma linha de diálogos, edição, montagem, etc. Apenas inserindo cores e adaptando o necessário para adequar a obra dos anos 60 para os 90.
     
    Em apenas um aspecto,  a direção, agrega valor a obra, ao intensificar o viés sexual, que era velado devido a época que o primeiro foi produzido. 

    A ideia, apesar de propor uma experiência interessante, não funciona, pois resulta numa cópia, sem o frescor, naturalidade e criatividade do original. Apesar de reproduzir quase que fielmente cena por cena, não consegue criar o clima de imersão e tensão legítimo como o original.

     Acredito que isso se deva, entre muito fatores, as interpretações, não que elas sejam todas ruins. Para exemplificar: Vince Vaughn está muito bem, porém ele ao invés de estar interpretando Norman Bates, ele interpreta Antony Perkins(ator do original) interpretando Norman Bates. Ou seja, tudo soa artificial, de plástico, não consegue o mínimo realismo.

    Portanto, se ainda não assistiu  "Psicose", não tenha a menor dúvida: Veja o clássico de 1960 e garanto que terá uma experiência espetacular.
Já esta "réplica", indico apenas como curiosidade, para aqueles, que como eu, são apaixonados por experimentos da linguagem cinematográfica.