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Análise Quatro Dias em Nápoles" (1962, também conhecido como "4 Dias de Rebelião").

Primeiro longa dirigido pelo versátil e sempre competente Nanni Loy (1925-1995). Obs: é realmente notável como, praticamente todo o cinema Italiano, realizado nas décadas de 50, 60, 70 e 80, transborda uma verdade (simplesmente inexistente no cinema mundial contemporâneo).
  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 13/08/2025 17:49
  • Autor: Ricardo Corsetti
Finalmente, tive o prazer de ver este belo filme, há poucos dias atrás, graças à excelente Mostra Permanente de Cinema Italiano, realizada sempre às segundas-feiras, às 19hs, no espaço da UMES-SP. E olha que não falo apenas dos "autorais" filmes realizados pelo movimento neo-realista, mas também, dos filmes de gênero, produzidos ao longo deste riquíssimo período. Voltando a falar sobre "Quatro Dias em Nápoles", propriamente dito, se trata de um excelente drama de guerra, inspirado em fatos reais, que, em grande parte, pode ser considerado um filme neo-realista "temporão", já que diversas características do referido movimento, se encontram aqui presentes, como a mistura (em absoluto pé de igualdade, aliás) de atores profissionais, com pessoas reais da região onde o filme foi rodado, também atuando. Um ainda jovem Gian Maria Volonté (1933-1994), sim, o eterno vilão dos western spaghetti, dirigidos por Sergio Leone, se faz presente, como um general, destituído de seu posto, pela ocupação nazista na Itália, da época em que se desenrola a trama. O galã francês Jean Sorel, também ainda muito jovem, faz uma pequena, mas importante participação, logo no início do filme. Ótima direção, capaz de equilibrar momentos de enorme tensão (típicos de um contexto de guerra), com "respiros" de humor, sempre na medida certa. Personagens sempre carismáticos e que, conforme já mencionei, transbordam verdade, a cada segundo em que aparecem em cena. Filmaço. Só lamento tê-lo descoberto, apenas agora.