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Câmeras corporais: forças de segurança japonesas passam a adotar equipamento

A partir deste mês de Agosto, aparelhos serão utilizados pela polícia do país em projeto-piloto
  • Categoria: Atualidade
  • Publicação: 01/08/2025 16:46
  • Autor: Amauri Gomes


Enquanto no Brasil há resistência de setores responsáveis pela segurança pública em seu uso que já comprovadamente demonstrou sua eficácia contra ilegalidades e abusos cometidos contra a população especialmente mais vulnerável, a Agência Nacional de Polícia do Japão fez um anúncio no dia 24 de Junho (quinta feira) de que iniciará a implementação de câmeras corporais em seu quadro de agentes que atuam em abordagens nas ruas, fiscalizações de trânsito e operações que contém grandes aglomerações.


A intenção é que os equipamentos estejam em funcionamento no final de Agosto em cerca de 13 províncias japonesas, segundo o Jornal Mainichi.


Manuais com orientações e mais detalhes serão enviados a cada corporação, e com base nestes, as polícias locais precisarão criar regulamentos internos para a condução dos testes. As divisões de projetos serão as seguintes:



Policiamento comunitário


O uso terá início nas províncias de Fukuoka, Tóquio e Osaka com 39 câmeras pelo período de 3 meses.



Operações


Serão colocadas 19 câmeras em nove províncias por 1 ano. São elas: Iwate, Hiroshima, Kagawa, Kagoshima, Osaka, Hokkaido, Ishikawa, Kanagawa e Tóquio.



Fiscalização de Trânsito


Implementação de 18 câmeras por seis meses nas províncias de Kochi, Aichi e Niigata.


Há regras contidas nos manuais deixando claro que o uso das imagens será restrito a finalidades específicas, havendo verificação após o recolhimento das gravações para constatar a legalidade de atuação dos agentes.


Também é exigido o respeito a privacidade das pessoas gravadas, especialmente no policiamento de rua, onde as câmeras devem estar visíveis a população com a luz vermelha de gravação exposta.


Caso uma pessoa se recuse a ser gravada, os agentes devem explicar sem truculência o objetivo das gravações. Mesmo com a recusa, a gravação continuará. É importante salientar que é comum o uso de celulares pela população para filmar as abordagens que geralmente são publicadas posteriormente nas redes sociais e isto, continuará a ser permitido.



Recolhimento e averiguação


Ao final do projeto, todo policial deverá publicar os resultados e informá-los aos conselhos de segurança pública de sua região. Desta forma, a Agência Nacional de Polícia avaliará os dados colhidos para extensão do programa em todo o país.