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Análise de "Um Lobisomem na Amazônia"

Terrir de Ivan Cardoso
  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 16/05/2025 01:35
  • Autor: Givaldo Dias
Um Lobisomem na Amazônia: Sim, o filme é uma mistura de filme de lobisomem com A Ilha do Dr. Moreau versão tupiniquim, com bastante nudez, mortes e muita comédia, o filme é uma diversão trash assumida. 
Ivan Cardoso, mestre do terrir nacional, continua fazendo aquilo que sabe melhor, uma bela avacalhação com o gênero do terror/ficção e ao mesmo tempo soa como uma homenagem aquelas produções mexicanas estreladas pelo próprio Paul Naschy que interpreta o Dr. Moreau em sua última aparição nas telas.

Um Lobisomem na Amazônia tem todos os clichês do gênero e sabe muito bem adaptá-los para a floresta amazônica, mesmo com um roteiro mega absurdo em que estão inclusos nesse cocktail de loucuras: amazonas recriadas geneticamente, lobisomem, Dr. Moreau em pessoa que depois de supostamente ter sido morto em sua ilha veio se esconder no Brasil pra continuar suas experiências com os genes, dando continuidade aos seus seres mutantes gerados de seus experimentos e ainda temos uma profecia inca com direito a delírios visuais e bons momentos de suspense dignos de produções sérias do gênero.

Nuno Leal Maia está hilário como o Zoólogo Scott Corman que é enviado para a floresta para ajudar nas investigações dos assassinatos que estão ocorrendo e acreditam serem obra de algum animal selvagem.
Evandro Mesquita é o herói do filme que faz par romântico com Natasha interpretada por Danielle Winitis que logo nos primeiros minutos de filme já aparece bem à vontade pra compensar sua falta de atuação e inexpressibilidade numa citação direta ao clássico Psicose, com direito à trilha sonora...

Não dá pra deixar de falar numa participação especial de Sidney Magal que é um sacerdote inca que aparece cantando num delírio de uma das personagens do filme.
Com atuações péssimas, montagem brusca e cheia de cortes mal editados, o que importa de verdade é curtir essa louca homenagem em clima de humor, claro que não é um filme que é para todos os públicos, é preciso ser iniciado nas "tosqueiras" para curtir pra valer esse louco terrir, mas em sua curta duração (o filme tem apenas 74 minutos) consegue divertir bem mais do que muita comédia besteirol que vai para os cinemas.
Fica por sua conta e risco...