Em uma teleconferência com analistas financeiros, Bob Iger, CEO da Disney, destacou Thunderbolts como o "primeiro e melhor exemplo" da nova estratégia da Marvel, que agora prioriza longas-metragens de maior qualidade em vez de uma quantidade massiva de conteúdo, especialmente para o Disney+. Iger, que retornou ao comando da Disney no final de 2022, comentou sobre a mudança de direção da Marvel após o que considerou uma fase de excesso de produções para o serviço de streaming da Disney, que focavam mais em quantidade do que em qualidade.

"Aprendemos que, ao tentar oferecer mais conteúdo, acabamos sacrificando a qualidade em algumas ocasiões. Ao simplificar e concentrar nossos esforços em filmes, acreditamos que conseguiremos entregar um conteúdo superior", afirmou Iger. Ele usou Thunderbolts como exemplo de sucesso dessa mudança, elogiando a recepção positiva tanto da crítica quanto do público. O filme arrecadou US$ 74 milhões nas bilheteiras domésticas durante seu fim de semana de estreia, o que, embora não tenha sido um valor extraordinário, foi visto como um bom começo para a nova fase da Marvel.

Além disso, Iger revelou que Thunderbolts introduz personagens que terão papel central no próximo filme dos Vingadores, previsto para estrear em 2026, o que aumenta as expectativas para o futuro do universo cinematográfico da Marvel.

Com essa mudança, a Disney também está reduzindo a produção de séries originais no Disney+, um movimento que se estende a outras divisões, como a Lucasfilm e a Pixar. A estratégia de redução de conteúdo segue uma linha semelhante à de seu antecessor, Bob Chapek, que supervisionou uma expansão agressiva do conteúdo no serviço de streaming durante seu período à frente da empresa.

Iger, que já tinha expressado preocupações sobre o excesso de produções em 2021 e 2022, acredita que a Marvel pode retomar seu caminho de sucesso, semelhante ao período pré-Covid, quando a Disney liderava as bilheteiras com lançamentos como Vingadores: Ultimato.