PI π, primeiro filme de Darren Aronofsky (Mesmo diretor de “Cisne Negro”, “A Baleia”, “Requiem Para Um Sonho”, “Fonte da Vida”) é filme inquietante, inovador, um thriller psicológico, desafiador e perturbador.

Em Manhattan, Max Curren (Sean Gullette) um homem com uma mente brilhante, um gênio da matemática, mas também perturbado, ele procura a fórmula matemática que pode prever o futuro, especialmente sobre a bolsa de valores através da fórmula do PI (π).

Preciso dizer que esse filme é cheio de metáforas, ao começar pela razão do título do filme PI(π) que é uma fórmula infinita, que é estudada desde sempre pelos matemáticos, o que leva a descoberta da fórmula a loucura e obsessão do protagonista.

Max vive isolado, em seu apartamento tem varias trancas na porta, ele tem um grande equipamento de informática, não gosta de ter contato com ninguém. Uma vizinha dele sempre prepara algo pra ele comer, um judeu sempre quer conversar de matemática com ele, uma criança sempre quer saber os resultados dos cálculos com ele, onde cita até o  livro do Torá, Max só gosta de conversar com seu professor de matemática (Mark Margolis, das séries “Breaking Bad” e “Better Call Saul”).

Ao longo do filme ele também sofre uma perseguição constate de uma empresa de Wall Street que está interessada na mente dele, começa a ser perseguido também por entidades religiosas.

O filme serve para você entrar na mente do protagonista, roteiro sensacional, direção de arte, fotografia de alto nível, filmado em preto e branco, no estilo de vídeo clipe, utilizando alguns planos interessante de câmera, cortes rápidos, usando o corpo do Sean Gullette pra fazer movimentos diferentes de filmagem, tudo funciona muito bem, ótima montagem, trilha intensa, uma ficção pra fazer o público pensar em um filme que custou apenas 60 mil dólares, o que prova que tem diretor que faz milagres visuais com pouco dinheiro.

Darren Aronofsky venceu direção em Sundance em 1998, e mostrou pra que veio no universo cinematográfico, fazem filmes excelentes filmes.

O filme só chegou no Brasil em 2002, 4 anos depois.

Assistam essa obra experimental e obrigatória

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