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Oscar 2025 - Previsões & Palpites

  • Categoria: Cinema
  • Publicação: 02/03/2025 00:46
  • Autor: Italo Morelli Junior
Filme do ano
Vai ganhar: Anora
A mistura de La Conga Sex e Uma Linda Mulher agradou e ganhou até a Palma de Ouro no Festival de Cannes. É ruim? Não, é uma Sessão da Tarde só que boa, bem movimentado e com ótimo elenco no qual se destaca a jovem e talentosa Mikey Madison.
Deveria ganhar: Duna parte 2
Bem superior ao primeiro (que concorreu a 10 Oscar e levou 6) é o meu filme predileto de 2024.
É grandioso, impressionante, hipnotizante e emocionante. Até o Fiuk de Hollywood e a Zendaya estão bem em cena. Me senti assistindo Apocalipse Now versão Sci-Fi e no final o cinema todo (menos eu) aplaudiu de pé. 

Direção
Vai ganhar: Sean Baker (Anora)
Ele já dirigiu trabalhos melhores, como Tangerine (2015), Projeto Flórida (2017) e Red Rocket (2021), trazendo uma nova cara pro cinema independente e sempre mostrando o lado B dos estadunidense dosando bem humor e drama - os finais são sempre agridoces e pessimistas. Em Anora ele repete alguns cacoetes do que já apresentou antes e precisa dar uns bons passos à frente.
Deveria ganhar: Brady Corbet (O Brutalista)
Com quase 4 horas de duração e orçado em US$ 10 milhões, O Brutalista é daqueles projetos pessoais cujo realizador merece reconhecimento.

Ator 
Vai ganhar: Timothée Chalamet (Um Completo Desconhecido)
Não só será a oportunidade de impulsionar a carreira de um jovem ator que a indústria quer a todo custo transformar em astro, como também uma maneira disfarçada de homenagear Bob Dylan, que já levou um Oscar de canção original e um prêmio Nobel.
Deveria ganhar: Ralph Fiennes (Conclave)
Baita ator que foi revelado ao grande público com sua excepcional interpretação do carrasco nazista em A Lista de Schindler (1993), Ralph Fiennes fez um retorno trunfal em Conclave, numa das melhores atuações de sua carreira.

Atriz
Vai ganhar: Demi Moore (A Substância)
Com quatro décadas de carreira, Demi Moore teve poucos papéis memoráveis em sua carreira e por isso nunca concorreu ao Oscar. Em A Substância ela tem uma chance única de ser premiada e não será preterida justo agora, ainda mais por ser muito querida entre os votantes.
Deveria ganhar: Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui)
Demi Moore perde feio na comparação, já que Fernanda fez inúmeros papéis de destaque tanto no cinema, quanto na TV e no teatro. Nanda serve uma interpretação contida e intensa ao mesmo tempo, algo mais difícil de se fazer e que só uma atriz experiente é capaz.

Ator Coadjuvante 
Vai ganhar: Kieran Culkin (A Verdadeira Dor)
O irmão mais esperto do Macaulay cometeu algo que se chama fraude de categoria: mesmo sendo um dos protagonistas da trama, preferiu concorrer em todas as premiações como se fosse coadjuvante e deu certo - ganhou todos os prêmios da crítica especializada e só falta o Oscar.
Deveria ganhar: Guy Pearce (O Brutalista)
Talentoso e versátil intérprete, como é possível constatar em Priscilla - A Rainha do Desrto (1994) e Los Angeles - Cidade Proibida (1997), ele deveria ser finalmente reconhecido, pois seu personagem é uma dos pilares do longa, graças a seu ótimo trabalho.

Atriz Coadjuvante
Vai ganhar: Zoe Saldaña (Emília Perez)
Ele já trabalhou em Avatar e em Guardiões da Galáxia, mas é a primeira vez que o grande público a vê ao natural. Emília Perez é um musical, mas Zoe não sabe cantar e nem dançar, sendo apenas uma atriz razoável. Ganhou quase todos os prêmios da temporada e acho difícil que perca o Oscar. Também cometeu fraude de categoria, já que não seria tão premiada se concoresse como protagonista.
Deveria ganhar: Monica Barbaro (Um Completo Desconhecido)
Estrela em ascensão, Monica já vinha se destacando em pequenos papéis, mas nunca teve uma chance como essa: ela aprendeu a cantar e tocar violão para interpretar ninguém menos que a grande Joan Baez.

Filme Internacional 
Vai ganhar e Deveria ganhar: Ainda Estou Aqui 
Nunca o Brasil foi tão longe numa campanha pro Oscar e Fernanda foi a melhor divulgadora que poderíamos ter. O diretor Walter Salles fez uma obra de grande impacto emocional e de apelo universal, que retrata um período do passado de forma contemporânea e que se conecta perfeitamente aos tempos atuais.