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Analise de A Cor do Dinheiro (1986)

  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 22/02/2025 00:30
  • Autor: Italo Morellli Junior
Dirigido por Martin Scorsese, é uma continuação de Desafio a Corrupção (1961), longa metragem sobre Eddie Nelson (Paul Newman), um exímio jogador de sinuca.
Particularmente achei o primeiro razoável. É ótimo nas cenas de jogo mas perde o pique com um romance melodramático, resquícios da antiga Hollywood. Essa continuação é muito mais interessante, dinâmica e sem dramas. Scorsese filma as partidas de bilhar de maneira épica, com planos caprichados e o auxílio luxuoso da sempre ótima Thelma Schoonmaker na montagem. Paul Newman revive aqui o seu personagem com mais entusiasmo, promovendo um inevitável choque de gerações com o personagem de Tom Cruise (bem, aqui) a quem quer transmitir todo o seu conhecimento no assunto ao vê-lo jogar. A talentosa Mary Elizabeth Mastrantonio também está ótima em cena e mereceu a indicação ao Oscar de atriz coadjuvante. A direção de arte/cenários, também indicada ao Oscar, é simples e eficiente - estamos diante de salões e mesas de bilhar e isso basta. Um pouco longo (são duas horas de projeção), o filme não chega a entediar e se mantém moderno mesmo tendo aquele clima anos 80 bem explícito. Juntos em cena, o trio de atores está admirável, assim como a trilha sonora e a fotografia. Indicado ao Oscar pela sétima vez e sem nunca ter vencido, Paul Newman nem se deu ao trabalho de ir a cerimônia, onde foi finalmente premiado.