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A Imovision vai lançar nos cinemas brasileiros dia 20 de fevereiro o filme O INTRUSO e no dia 24 de abril o mesmo já estreia na nossa plataforma Reserva Imovision !

Ao combinar política e pornografia, "O Instruso" critica a hipersexualização enquanto defende a liberdade de imigrantes e refugiado
  • Categoria: Cinema
  • Publicação: 06/02/2025 14:46
  • Autor: André Luiz Brandão Cisi

Temas completamente opostos podem fomentar a criação de produções cinematográficas transgressoras. Com o objetivo de unir um debate sobre a hipersexualização e a liberdade de corpos imigrantes, Bruce LaBruce, diretor queer conhecido por investir na criação de obras irreverentes, lançou "O Intruso". Distribuído pela Imovision, referência em cinema independente, o filme chega ao Brasil em 20 de fevereiro.

A produção foi exibida pela primeira vez no Festival de Cinema de Berlim de 2024 e é uma releitura de Teorema, de Pier Paolo Pasolini. Por meio de cenas de sexo explícito, mistura pornografia com uma mensagem política. “Sou um grande admirador de Pasolini, sendo essa uma de minhas maiores inspirações como cineasta. Em O Intruso, o homenageio especialmente pelo trabalho em Teorema, mas também trago elementos de outros longas, como Porcile e Salò. O considero um gay, marxista, ateu e católico. Essas combinações contraditórias influenciaram a minha abordagem”, comenta o diretor.

 

"O Intruso" começou como uma ideia de arte colaborativa com os produtores Victor Fraga e Alex Babboni, que convidaram LaBruce para criar uma releitura de Pasolini em um contexto de ficção científica. A ideia inicial era um projeto artístico, sem a expectativa de que se tornaria um filme para grandes festivais de cinema.

 

Na história, um imigrante, interpretado pelo ator burlesco Bishop Black, aparece na beira do rio Tâmisa, nu e dentro de uma mala. Ele se desloca até a casa de uma família burguesa, onde é convidado a residir como funcionário. A partir daí, o visitante passa a seduzir cada membro em encontros eróticos, que se traduzem em uma crítica à xenofobia, o racismo e à "paranoia" libidinosa projetada nos refugiados. O objetivo é abordar a "vida" e a "cura" por meio da sexualidade.