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EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

  • Categoria: Educação
  • Publicação: 04/02/2025 12:28
  • Autor: Professor André Cisi

O presente texto está a ser produzido na mesma data em que estudantes dos ensinos, fundamental e médio, começam a se acostumar sem o uso de telefones celulares dentro dos recintos escolares. Como o referido aparelho móvel veio no bojo de uma nova ordem mundial e dos avanços tecnológicos que, em certa medida ajudaram, e muito, a revolucionar e até a impor diversas formas de hábitos e consumos, então ficamos a imaginar como esta geração que já nasceu acostumada com o uso do celular irá conseguir se adaptar com a ausência dele, junto aos seus pares. Vamos aguardar os próximos capítulos para evitar opiniões precipitadas.

Todos os aplicativos, a Internet das Coisas (IoT), impressão 3D, Cyber Segurança e a famigerada Inteligência Artificial (AI ou IA) são apenas alguns dos famosos frutos da chamada Quarta Revolução Industrial.

Como nem tudo o que é novo é moderno e quando surge algo inovador ou desconhecido no mercado, ou nos adaptamos de maneira resignada e darwiniana ou seremos arrastados pela corrente e os ventos das mudanças que insistirão em soprar cada vez mais forte e nas mais diversas direções.

Lembro quando estudamos Docência do Ensino Superior e elaboramos um texto sobre Educação à Distância, em que fomos muito críticos e combativos ao EAD, que já ganhava cada vez mais espaço no cenário do ensino e aprendizagem. Por se tratar de um artigo de opinião, portanto, totalmente subjetivo e sem referencial teórico, só foi possível perceber o quão equivocado estava, sob diversos aspectos, quando três anos mais tarde fui gentilmente convidado a lecionar para a modalidade à distância e permaneci durante muitos anos, inclusive em todo o período da recente pandemia da Covid. Assumo meu erro e a certa ojeriza pelo EAD, demostrada naquele instante. O que ainda mantenho é o pensamento de que a modalidade presencial é mais eficaz, direta e qualitativa nas informações e trocas de conhecimento em comparação ao Ensino Remoto. Aqui também pesa a opinião deste autor.

Sobre a Inteligência Artificial, desde que passamos a conhecer algumas que nos são disponíveis, então procuramos manter um olhar mais criterioso e até respeitoso, no sentido de verificar o que ela (IA) nos oferece de bom e de útil, tanto para quem educa, quanto para quem recebe a educação. Pelo pouco que fiz uso da IA percebi que ela pode ser um poderoso aliado aos educadores e aos estudantes, nos quesitos de análise de dados e feedback, ferramentas personalizadas de aprendizado, chatbots, assistentes virtuais, simulações e modelagens, entre muitos outros, como o suporte à pesquisa. Tudo tornando mais fácil e acessível para as informações necessárias. Tudo depende da adaptação e da disciplina para sua utilização, com critérios e sobretudo, dentro dos princípios éticos.

Sei que para quem viveu as décadas da máquina de escrever para produzir trabalhos escolares e frequentava bibliotecas públicas para buscar informações, no momento de elaborar as tarefas exigidas pelos professores, isso tudo soa totalmente estranho, mas que as ferramentas da inteligência artificial facilitam muito nosso trabalho é ponto passivo e as críticas existirão, mas se tornarão, inevitavelmente, decibéis efêmeros. Pensem e analisem a respeito.