Notícias

Análise do filme Babygirl, Dir. Halina Reijn.

Trilher erótico moderno com Nicole Kidman
  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 20/12/2024 20:59
  • Autor: Ricardo Corsetti
Em primeiro lugar, é preciso dizer que, um thriller erótico, em pleno período de neo-moralismo/puritanismo, reinando no cinema mundial contemporâneo, já seria algo louvável. Agora, thriller erótico com "luta de classes", ainda por cima, é algo que chega a ser digno de aplausos! (risos). Afinal, ver um típico CEO (independente do gênero), literalmente se F (...), é maravilhoso. Pois, como já dizia o grande e saudoso Roberto Piva: "Somente o coito anal, pode derrubar o capitalismo". Devaneios à parte, "Babygirl", enquanto filme, pode até não apresentar nada de necessariamente novo. Aliás, por falar em "thriller erótico" (subgênero bastante popular entre meados dos anos 80 e início dos 90), o filme em questão, até mesmo pela escolha da trilha sonora "vintage" (INXS, George Michael, etc), lembra muito o estilo de Adrian Lyne ("Atração Fatal", "9 e Meia Semanas de Amor ", etc), apenas com uma nova roupagem/embalagem. Quanto à Nicole Kidman como protagonista (a "CEO" em questão), está apenas ok, com todos aqueles seus típicos cacoetes de atuação (voz sussurrada, olhares dissimulados, etc), em resumo, seu desempenho, sinceramente, está longe, bem longe de merecer um Oscar. Mas, felizmente, digamos que o filme é perversamente divertido o suficiente, pra compensar isso. Ah, Antônio Banderas, o ex- "latin lover", também está apenas ok, na pele do "marido complacente" da folgosa protagonista. Ah, a diretora holandesa Halina Reijn (que em produções norte-americanas anteriores, atuou apenas como assistente), segura bem o ritmo da narrativa.