De acordo com Alessandra Crisanto, especialista em educação internacional que também foi estudar nos Estados Unidos após os 40 anos, embora não existam restrições de idade para o visto, candidatos mais velhos podem precisar apresentar vínculos mais sólidos com o país de origem e justificar de forma clara sua intenção genuína de estudar. Além disso, uma experiência profissional prévia pode justificar como o curso nos EUA está alinhado aos objetivos de carreira do candidato.

Em caso de desemprego ou mudança de carreira, é necessário contextualizar como a experiência anterior justifica a necessidade dos estudos, Com relação a área de estudo, é essencial demonstrar como o trabalho anterior se relaciona com o curso pretendido, especialmente em casos de transição de área.

Existem vários tipos de visto para quem deseja estudar nos EUA, dentre eles, os principais são:

● F-1 Acadêmico: para estudos como graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado, etc.;

● F-1 Inglês: para cursos de idiomas;

● M-1, para estudos vocacionais, técnicos e não acadêmicos;

● J-1, para programas de intercâmbio cultural.

O visto F-1 Acadêmico, em particular para cursos das áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), permite uma progressão profissional, possibilitando que os estudos nos EUA sejam uma forma de se capacitar para melhores oportunidades e salários no futuro. Além disso, com ele é permitido trabalhar durante (CPT) e após (OPT) o curso.

Os programas CPT (Curricular Practical Training) e OPT (Optional Practical Training) permitem aos estudantes internacionais, com visto F-1 Acadêmico de áreas STEM, trabalharem em sua área de estudo durante e após o término do curso, podendo totalizar até 5 anos totalmente legalizados no país.

A etapa final para a aprovação do visto F-1 é a entrevista no consulado americano. Para aumentar as chances de sucesso, é fundamental apresentar documentação completa e organizada, fornecer informações consistentes e corretas e demonstrar clareza nos objetivos educacionais e planos de retorno ao país de origem. Iniciar o processo com antecedência reflete comprometimento e preparação.

O visto F-1 permite que o titular leve membros da família, como cônjuges e filhos solteiros menores de 21 anos, ampliando as possibilidades para aqueles que desejam conciliar estudos com a vida familiar.

Estudar nos Estados Unidos após os 40 é uma meta possível e estratégica, desde que o candidato apresente um plano bem fundamentado. Demonstrar coerência, vínculos com o país de origem e objetivos claros é fundamental para conquistar o visto e aproveitar ao máximo a experiência acadêmica nos EUA.

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