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Soapland: as casas adultas japonesas

Centros dominados pela Yakuza retém atividades ilegais, se aproveitando de lacunas nas leis
  • Categoria: Curiosidades
  • Publicação: 29/11/2024 20:02
  • Autor: Amauri Gomes

No chamado Distrito da Luz Vermelha localizado nas entranhas de Tóquio, mais precisamente na região de Kabukicho, há a dominância da máfia japonesa gerindo os estabelecimentos comerciais: entre eles, os chamados “Soapland”, uma espécie de casas de banho. Os locais ficaram assim conhecidos devido a atividade exercida pelas funcionárias, onde o cliente após o consumo de alguma iguaria como parte da recepção é “banhado” por estas, no que fica conhecido como “entretenimento adulto”, devido as escuras acontecer algo mais. 


A atividade de prostituição no Japão é proibida e por conta disto, estes locais são registrados de forma diferente a aproveitar as brechas da lei local. Porém, o problema não se resume a esta localidade antes mencionada: o mesmo acontece na cidade de Osaka, uma das maiores do país e menos falada porém, onde a exposição é ainda mais clara e evidente.


Origem


A palavra Soapland é uma junção do inglês “soap” (sabão) e “land” (terra), onde no idioma nihongo é conhecido como mizu shobai. O surgimento foi por volta do ano de 1958, na época intitulado como toruko-buro, onde a tradução é banho turco. Após uma campanha do estudioso Nusret Sancaklu de origem turca onde o mesmo denunciava a atividade como a de bordéis, o nome Soapland foi adotado por meio de um concurso.


Exposições


Muitos ou em quase sua totalidade destes centros, são designados como restaurantes e casas de massagem, funcionando desta forma “dentro” da ordem estabelecida mas na prática, à margem. Em Osaka, onde a “linha de frente” é mais explícita caminhando por ruas onde ficam os estabelecimentos, se vê garotas sendo expostas como uma vitrine. Junto a isto, sempre com uma mulher mais velha a frente para “recepcionar” a clientela. 


Existe parte das recrutadas que são estrangeiras, especialmente do sul da Ásia como filipinas, tailandesas e vietnamitas; há também algumas chinesas, coreanas e japonesas que passam alguma dificuldade financeira ou que veem os altos ganhos se comparado a empregos comuns como atrativo; as nipônicas são as mais preteridas e por consequência, as mais expostas, praticamente de forma unânime. 


Alguns podem lembrar da europeia Amsterdã nos Países Baixos ou Holanda, mas no país oriental há uma certa discrição: as gravações na região mesmo que das ruas que estão instalados estas “casas” são “proibidas”, e há membros da máfia que fazem a “segurança” das funcionárias que estes gerem, mesmo que próximos de postos policiais onde se especula o pagamento de propina a estes, devido ao domínio pleno de grupos da Yakuza sem qualquer incômodo por parte das autoridades governamentais.