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Relembrando um ícone da cultura e história da resistência negra.

"Não se pode combater capitalismo branco, com capitalismo negro. Mas sim, com socialismo". Assim falou, o grande e saudoso Fred Hampton (1948-1969), conforme é retratado no excelente filme "Judas e o Messias Negro".
  • Categoria: História
  • Publicação: 21/11/2024 01:57
  • Autor: Ricardo Corsetti
Embora vivesse na outra extremidade do continente americano; Hampton foi um grande ativista pelos direitos do homem negro e, portanto, merece, sem dúvida, ser lembrado neste Dia da Consciência Negra (20/11), aqui no Brasil.

Fred Hampton, nascido em 30/08/1948, já em meados dos anos 60, foi presidente da filial de Illinois nos EUA, do Partido dos Panteras Negras.

Orador de primeiríssima, além de homem de ação, ao longo de sua breve vida, lutou incessantemente pelos direitos dos afro-americanos, à igualdade em termos de igualdade de acesso a direitos civis básicos, tais como acesso à educação e liberdade de transitar por todo e qualquer espaço público em seu país (coisa que não era possível aos negros norte-americanos, até meados dos anos 60, pelo menos).

Infelizmente, em 04/12/1969, Hampton foi brutalmente assassinado em sua própria casa, com apenas 21 anos de idade, vítima de um complô tramado pelo F.B.I, para calar definitivamente sua voz, assim como já ouvia ocorrido a outras importantes lideranças do movimento negro, tais como: Malcolm X e Martin Luther King, por exemplo.

Apesar de ter vivido tão pouco,  Hampton foi um gigante na luta por justiça social em seu país de nascimento, chegando até mesmo, graças a sua inacreditável habilidade política, de trazer homens brancos sulistas (historicamente racistas e violentos em relação ao povo negro), para junto de sua luta vinculada ao Partido dos Panteras Negras (de inspiração marxista, aliás). 

Sinta-se humildemente lembrado nessa data tão importante para o movimento negro, aqui por nós da "Sou Mais Pop", grande, inesquecível e inigualável Fred Hampton.