Os Bosozokus foram uma gangue japonesa que surgiu em meados dos anos 50 mas ganharam notoriedade após os anos 70, chocando o Japão pelo seu comportamento violento. De forma constante, enfrentavam as forças policiais e tinham características conhecidas como suas motos customizadas conhecidas por Kaizosha (veículos modificados em japonês), e roupas como macacões industriais com frases próprias que viraram sua marca. Uma das exigências para se integrar ao grupo, ter sempre respeito hierárquico para com os mais velhos, assemelhando-se neste quesito com a máfia Yakuza, mas ao mesmo tempo, se comportar de forma agressiva contra quem os consideravam inimigos. 

Houveram ao longo de anos vários registros de ataques violentos contra lojas, pedestres e residências que os seus integrantes faziam como “marca” por onde passavam,utilizando-se de armas brancas como facas, tacos de baseball e até mesmo coquetéis molotov.

Os gângsters nipônicos sobre duas rodas, também tinham forte apelo nacionalista, e cultuavam o comportamento dos chamados Kamikazes, quando o país fez parte do “eixo” ao lado da Alemanha nazista e Itália fascista na segunda guerra mundial.

Influência no filme Akira

A obra cinematográfica “Akira” retrata um grupo que percorria a metrópole Tóquio aterrorizando vários locais, com suas motos. A gangue serviu de inspiração para o roteirista Izô Hashimoto e o diretor Katsuhiro Ôtomo.

Dias atuais

Por conta da forte repressão principalmente após os anos 90 das autoridades locais, estes grupos hoje em dia estão praticamente extintos. Apesar disto, a inspiração para customização de motos é muito forte, e até hoje acontecem encontros pelo Japão de adeptos ao “tunning motociclista” com visual remetendo aos que a gangue utilizava.