Análise de Sete Homens e Um Destino (2016)
Review do remake de um grande clássico do faroeste Dirigido por Antoine Fuqua
- Categoria: Análises e Críticas
- Publicação: 03/10/2024 16:47
- Autor: Givaldo Dias
Sete Homens e um Destino (2016)
Em 1954, o mestre Akira Kurosawa entregou para o mundo uma
das maiores obras-primas do cinema mundial de todos os tempos, ‘Os Sete
Samurais’ estrelado por Toshiro Mifune. Seis anos depois, o cineasta John
Sturges realizou um remake da obra de Kurosawa, transcrevendo a história que
originalmente se passava no Japão feudal para o México e entregou um clássico
do Western, ‘Sete Homens e um Destino’ com um grande elenco encabeçado por Yul
Bryner e Steve McQueen. Além dessa refilmagem gerou uma série interminável de
imitações e versões não oficiais como, por exemplo, a ficção B de 1980,
‘Mercenários das Galáxias’, que em seu elenco contava com um dos atores do
clássico de 1960, Robert Vaughn, praticamente fazendo uma reprise de seu
personagem do faroeste. Em 1998 uma série de TV foi feita e o episódio piloto
foi inclusive lançado no Brasil em VHS como se fosse um filme. ‘Sete Homens e
um Destino’ dessa vez foi estrelado por Michael Biehn.
Eis que em 2016 e Antoine Fuqua, realizador de ‘Assassinos
Substitutos’, ‘Dia de Treinamento’ e ‘O Protetor’ nos trouxe uma nova releitura
de ‘Sete Homens e um Destino’. Era necessário mais um remake? Não, não era.
Mas, está longe de ser um remake ruim como muitos que saíram nos últimos anos.
Pode ter certeza de que por pouco mais de duas horas será um entretenimento de
primeira. Existem muitas diferenças entre os filmes, porém a trama central e a
essência do western clássico estão presentes. Denzel Washington encabeça o
ótimo elenco no papel de Sam Chilsom, ele é procurado pelos moradores de um
vilarejo que é ameaçado por Bartholomew Bogue, interpretado por Peter
Sarsgaard. Sam começa então a reunir um grupo com habilidades suficientes para
enfrentar o vilão e trazer de volta a paz para os simples habitantes do lugar.
O diretor tem um excelente domínio de câmera nas sequências
mais frenéticas de ação, por sinal os tiroteios são muito bem fotografados,
dignos dos melhores e mais violentos westerns de Sam Peckinpah e Sergio
Corbucci. Além de muita ação, o filme está recheado de humor, algo que já era
presente também na obra de 1960, o maior responsável pelos momentos mais
engraçados é o personagem Joshua Faraday, interpretado por Chris Pratt, mesmo
divertido, Pratt parece reprisar o que já fez em filmes como ‘Guardiões da Galáxia’
e ‘Jurassic World’. Algo que pode ser ao mesmo tempo extremamente satisfatório
para os fãs do ator, mas também pode ser perigoso para sua carreira, já que
corre o risco de se limitar a papéis sempre com essa característica.