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Um Sonho Chamado Brigitte Bardot

Obviamente, a "Sou Mais Pop" não poderia deixar passar em branco, o aniversário de 90 anos, hoje (29/09) desta verdadeira entidade, chamada Brigitte Bardot.
  • Categoria: Cinema
  • Publicação: 29/09/2024 06:04
  • Autor: Ricardo Corsetti
Sem dúvida, o mundo jamais seria o mesmo, após vê-la deslumbrante, esbanjando charme, beleza e carisma, no ultra-clássico filme "E Deus Criou A Mulher" (1956) dirigido por seu então marido, Roger Vadim.

A hipnótica figura de Bardot, aparecendo seminua, em diversos momentos do filme, bem como também, a cena em  que ela dança livremente, esbanjando sensualidade, sobre uma mesa, obviamente, no momento em que o filme em questão, chega aos EUA, leva à loucura, os espectadores norte-americanos (então acostumados ao puritanismo dos filmes locais, gerado pela obediência ao Código Hays.
E após se tornar uma mega celebridade internacional, Bardot estrela outros excelentes trabalhos, se consolidando como ícone absoluto de uma geração, ainda que continue a filmar, quase que exclusivamente, em sua terra natal. 

Dentre os filmes deste período, podemos destacar o ótimo drama com pitadas de crítica social, "Amar É Minha Profissão" (1958) de Claude Autant-Lara; "Quer Dançar Comigo?" (1959), comédia romântica com toques de suspense policial; "O Desprezo" (1963), belíssimo filme experimental de Jean-Luc Godard e "Viva Maria" (1950), inacreditável "western socialista", dirigido por Louis Malle. 

É uma pena, porém, que assim como também ocorreu a outros diversos ídolos sessentistas, Bardot "envelheceu mal" (no pior sentido do termo), se vinculando, já há algumas décadas, à extrema-direita européia; inclusive por conta de seu casamento com Bernard D'Ormale (importante político da extrema-direita francesa), com quem está casada até hoje. O que contrasta, aliás, com seu igualmente notório envolvimento com a causa de proteção aos animais.

Enfim, como diria o grande Martin Scorsese: "A obra deve estar sempre acima do autor". Ou seja, independente de qualquer coisa, fica o legado eterno deste autêntico ícone de uma geração: Brigitte Bardot.