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Análise de Viva Marília

  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 10/04/2025 00:04
  • Autor: Ricardo Corsetti

"Então, Hector, eu acho que você me aproveitou muito mal em seu filme ("O Rei da Noite", 1975), eu podia ter rendido muito mais, se você me pedisse e orientasse, mas você ainda é um diretor muito cru" (Marília Pêra). "Eu tenho medo de estar perto de você, Marília, depois do que te vi fazer em 'Pixote' (1980), pois você é mesmo um monstro em cena" (Pauline Kael, renomada crítica de cinema norte-americana). Após ouvir esses dois relatos presentes no excelente documentário "Viva Marília" (2024), Dir. Zelito Viana; será que ainda é preciso dizer mais alguma coisa, a respeito de qual é a dimensão ocupada por Marília Pêra, na história do Teatro, Cinema e Teledramaturgia brasileira? Desde sua estreia no cinema (posterior a sua já longa trajetória no teatro, diga-se de passagem) em "O Homem Que Comprou O Mundo" (1967), primeiro longa de Eduardo Coutinho (quanto ele fazia cinema ficcional, aliás), até sua consagração como estrela televisiva, entre os anos 70 e 80, Marília Pêra foi, incontestavelmente, uma das maiores atrizes da história de nosso país. Obs: durante muito tempo, eu confesso ter pegado um certo "bode" em relação a ela, por conta de seu apoio à candidatura de Fernando Collor (sim, ele mesmo) em 1989. Mas, como nobody's perfect, é mesmo preciso separar as coisas e reconhecer que ela (Marília) foi (e sempre será) um autêntico colosso como atriz. E charmosíssima também, a propósito.

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