As metodologias e os timings delas nos estimula a comparar pesquisa de instituto A com pesquisa de instituto A, “banana” com “banana”, e não pesquisa de instituto A com pesquisa de instituto B, não “banana” com “abacaxi”; ou, comparar “salada de fruta” com “salada se fruta”, ou seja, média de pesquisas de diversos institutos com média de pesquisas de diversos institutos. 

A sequência histórica das pesquisas nos últimos meses e a “média” delas (com todas as dificuldades técnicas para este cálculo) só mostra uma tendência consolidada: a polarização, com Lula estatisticamente acima de JB (na espontânea, nos cenários estimulados de primeiro turno e nos cenários estimulados de segundo turno), que insistentemente foi tentado ser rompido com as alternativas da chamada “terceira via”, sem sucesso. 

Tem anos que eu escrevo falando que a polarização na sociedade brasileira geraria uma eleição polarizada, com replicação do mesmo fenômeno nos estados, com especificidades. Em 2026 será igual. 

Se institutos, nas próximas rodadas de pesquisa, mostrarem uma aproximação das duas principais candidaturas presidenciais, mantém-se a tendência da polarização, com a competição se agudizando. 

O curioso disto tudo, contudo, é que JB está inelegível.

Vamos ver se o fiasco da manifestação em Copacabana hoje repercutirá nas pesquisas colocando outros nomes de centro direita na frente de JB. 

Rodrigo Botelho Campos - economista