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Análise do filme "Elvis" do Baz Luhrman

Filme indicado ao Oscar 2023

Categoria: Critica de Filmes
Publicação: 11/01/2025 23:29
Autor: Ricardo Corsetti

"Cara, entenda uma coisa: eu posso ser preso, simplesmente por atravessar a rua, mas você é Elvis Presley" (B.B. King). Dentro do esperado, até que gostei bastante da cinebiografia do "Rei" (não, não é o Robertão bolsonazi). E olha que eu não sou fã do estilo "barroco" de Baz Luhrmann (diretor), mas como aqui, até que ele não pesou muito a mão na cafonice e exagero que costumam caracterizar boa parte de sua filmografia, as coisas fluem bem narrativamente falando e nem mesmo as 2h39 min. de duração, chegam necessariamente a cansar. Obs: o filme nos apresenta um Elvis super "gente boa", jamais um explorador da música e cultura negra (afro-americana) a partir das quais, o rock n'roll verdadeiramente nasceu. Até aí, eis uma questão de ponto de vista, obviamente já esperado numa mega- produção mainstream que, obviamente, precisa tornar seu protagonista (biografado) em figura carismática em relação ao grande público. Bem como, por outro lado, é preciso eleger um vilão, neste caso, o lendário empresário do mito: Coronel Parker (que, aliás, não era coronel e nem mesmo Parker). O jovem Austin Butler, apesar da não-semelhança física real com Presley, dá conta do recado em termos de atuação. Conseguindo, aliás, emular com perfeição, o timbre de voz de Elvis (falando). Dizem, inclusive, que ele teria cantado de verdade em algumas cenas. Tom Hanks também está muito bem como o polêmico e controverso "criador" do Mito. Obs 2: a qualidade do trabalho de direção de arte (em termos de reconstituição de época, inclusive), numa produção desse porte, obviamente dispensa maiores comentários... Enfim, é isso. Um bom filme, em termos gerais, vale uma boa conferida