Análise de A Culpa é das Estrelas (The Fault In Our Stars)
Filme dirigido por Josh Boone
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 05/01/2025 01:14
- Autor: Bruno de Alcântara

É com imensa satisfação que, após um longo período "no casulo" (mais uma vez), uma nova metamorfose aconteceu e eis que a borboleta retorna cada vez mais encorpada e precisando exercitar para uma polinização mais frequente. E a polinização de hoje, consiste em um filme que é uma febre entre o público juvenil, baseado no livro homônimo de John Green: A Culpa é das Estrelas (2014).
O filme aborda um tema bastante recorrente em várias obras: o câncer e suas consequências em personagens que se apaixonam. (Não, não estou cometendo spoiler, já que essa informação você vai encontrar em qualquer sinopse do filme). Confesso que fiquei bastante surpreso após a exibição, pois esperava uma história repleta de clichês, forçando o choro à qualquer custo. E isso não me ocorreu, tirando uma ou duas cenas no máximo. (Não, eu não sou insensível). É óbvio que o filme trata de um assunto espinhoso e não tem como ficar indiferente à tudo que se vê. No entanto, o grande mérito é justamente a leveza como é transmitida toda essa tragédia. Palmas para o roteiro de Scott Neustadter e Michael H. Weber que conseguem dar uma excelente fluidez ao filme. Roteiro esse muito bem sublinhado pelas fortes atuações de seus protagonistas que tornaram tudo mais crível.
A trama nos apresenta Hazel (Shailene Woodley), uma jovem com câncer em estado terminal que aparentemente se conforma com sua condição. Seu pai (Sam Trammel) e principalmente sua mãe (Laura Dern), tentam de todas as formas, trazer um frescor à vida que resta à Hazel. Ambos conseguem convencê-la a frequentar um grupo de apoio. Lá, entre tantas pessoas em condições parecidas, ela conhece Augustus (Ansel Elgort), um rapaz sem uma perna e que se encontra momentaneamente com a doença controlada. Augustus (também conhecido como Gus) se apaixona loucamente por Hazel logo de cara. Essa por sua vez, fica com um pé atrás devido à problemática da sua morte iminente e do consequente sofrimento de quem a cerca. Aos poucos, Gus vai apresentando novas perspectivas à Hazel seja apresentando livros com mensagens positivas, seja através de atitudes que fazem Hazel refletir sobre a vida. Há momentos encantadores com os dois em cena e divertidíssimos. Principalmente quando entra em cena o amigo de Gus, Isaac (Nat Wolff), um rapaz com problemas crescentes na visão, mas que traz um alívio cômico em algumas cenas. Aliás, o filme oscila muito bem entre o humor e a tragédia. Sempre que um personagem esbanja algum tipo de alegria, algo o faz lembrar da situação real e daí a tristeza retorna com força. mas como eu comentei anteriormente, o filme transmite leveza em meio ao turbilhão de problemas sem apelar para a emoção barata. A busca dos personagens por recursos para aliviar o peso de suas condições é algo bem recorrente. O momento de maior emoção pra mim foi o ensaio do funeral de um dos personagens que me deixou com um nó na garganta daqueles. E tudo fica bem dimensionado com o trabalho da montagem e do roteiro. Sem falar nas excelentes atuações. Outro que não posso deixar de citar aqui é o personagem Peter Van Houten (Willem Dafoe), um escritor bastante aborrecido e amargurado com a vida, que tem importância na trama.
O diretor Josh Boone consegue realizar um trabalho simples com a câmera sem utilizar muitos recursos. Gostei de algumas tomadas, principalmente o plano inicial e final com a câmera se aproximando do rosto de Hazel informando algo fundamental à essência de toda obra. Senti falta de uma maior ousadia nesse quesito.
A Culpa é das Estrelas tem seus problemas, mas suas virtudes acabam pesando mais. Encerro esse texto com uma simples e pequena palavra: Ok. Nota 7
O filme aborda um tema bastante recorrente em várias obras: o câncer e suas consequências em personagens que se apaixonam. (Não, não estou cometendo spoiler, já que essa informação você vai encontrar em qualquer sinopse do filme). Confesso que fiquei bastante surpreso após a exibição, pois esperava uma história repleta de clichês, forçando o choro à qualquer custo. E isso não me ocorreu, tirando uma ou duas cenas no máximo. (Não, eu não sou insensível). É óbvio que o filme trata de um assunto espinhoso e não tem como ficar indiferente à tudo que se vê. No entanto, o grande mérito é justamente a leveza como é transmitida toda essa tragédia. Palmas para o roteiro de Scott Neustadter e Michael H. Weber que conseguem dar uma excelente fluidez ao filme. Roteiro esse muito bem sublinhado pelas fortes atuações de seus protagonistas que tornaram tudo mais crível.
A trama nos apresenta Hazel (Shailene Woodley), uma jovem com câncer em estado terminal que aparentemente se conforma com sua condição. Seu pai (Sam Trammel) e principalmente sua mãe (Laura Dern), tentam de todas as formas, trazer um frescor à vida que resta à Hazel. Ambos conseguem convencê-la a frequentar um grupo de apoio. Lá, entre tantas pessoas em condições parecidas, ela conhece Augustus (Ansel Elgort), um rapaz sem uma perna e que se encontra momentaneamente com a doença controlada. Augustus (também conhecido como Gus) se apaixona loucamente por Hazel logo de cara. Essa por sua vez, fica com um pé atrás devido à problemática da sua morte iminente e do consequente sofrimento de quem a cerca. Aos poucos, Gus vai apresentando novas perspectivas à Hazel seja apresentando livros com mensagens positivas, seja através de atitudes que fazem Hazel refletir sobre a vida. Há momentos encantadores com os dois em cena e divertidíssimos. Principalmente quando entra em cena o amigo de Gus, Isaac (Nat Wolff), um rapaz com problemas crescentes na visão, mas que traz um alívio cômico em algumas cenas. Aliás, o filme oscila muito bem entre o humor e a tragédia. Sempre que um personagem esbanja algum tipo de alegria, algo o faz lembrar da situação real e daí a tristeza retorna com força. mas como eu comentei anteriormente, o filme transmite leveza em meio ao turbilhão de problemas sem apelar para a emoção barata. A busca dos personagens por recursos para aliviar o peso de suas condições é algo bem recorrente. O momento de maior emoção pra mim foi o ensaio do funeral de um dos personagens que me deixou com um nó na garganta daqueles. E tudo fica bem dimensionado com o trabalho da montagem e do roteiro. Sem falar nas excelentes atuações. Outro que não posso deixar de citar aqui é o personagem Peter Van Houten (Willem Dafoe), um escritor bastante aborrecido e amargurado com a vida, que tem importância na trama.
O diretor Josh Boone consegue realizar um trabalho simples com a câmera sem utilizar muitos recursos. Gostei de algumas tomadas, principalmente o plano inicial e final com a câmera se aproximando do rosto de Hazel informando algo fundamental à essência de toda obra. Senti falta de uma maior ousadia nesse quesito.
A Culpa é das Estrelas tem seus problemas, mas suas virtudes acabam pesando mais. Encerro esse texto com uma simples e pequena palavra: Ok. Nota 7
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